Sobre a Ditongação de Vogais Nasais em Português Europeu
Pimenta, Heglyn
Resumo:
Neste capítulo, nos interessaremos por um fenômeno poucoe studado a respeito dos núcleos nasais do português: a ditongação de vogais nasais lexicais em fim de palavra (p. ex. lã [lɐ̃w ̃]) e, sobretudo, em posiçãonão final (p. ex. tanque [tɐ̃j̃k ɨ]), na tentativa de identificar em que medida diferentes fatores fonético-fonológicos são responsáveis pela determinação do glide como sendo palatal [j] ou labiovelar quando uma vogal nasal ditonga. Paratal, analisaremos 1.197 atestações de ditongação das vogais nasais /ã, ẽ, õ/ extraídas da base de dados do ALEPG – Atlas linguístico-etnográfico de Portugale da Galiza (cf. SARAMAGO, 2006). Como veremos, um dos fatores determinantes,em posição final como não final, é o timbre da vogal que ditonga. Em seguida,outros fatores importantes são a consoante seguinte em ataque e o timbre da vogal final em posição não final e, em posição final, a presença de [ɲ] no ataque precedente, a influência do ditongo nasal lexical -ão, assim como a região geográfica.
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DOI: 10.5151/9786555501292-03
Referências bibliográficas
- BATTISTI, Elisa. A representação da nasal em coda silábica e os ditongos nasais do português. In: XVII Congresso Internacional Associação de Linguística e Filologia da América Latina (ALFAL), João Pessoa (Paraíba, Brasil), 2014. P. 1433-1453.
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Como citar:
PIMENTA, Heglyn; "Sobre a Ditongação de Vogais Nasais em Português Europeu", p. 67-90. Variação em português e em outras línguas românicas. São Paulo: Blucher, 2022.
ISBN: 9786555501292, DOI 10.5151/9786555501292-03