A Industrialização e o Design de Móveis para Escritório

Resumo:

Nas décadas de 1950–60, era comum no Brasil o fenômeno de muitas pequenas oficinas transformarem-se em indústrias. Deixaram de executar produtos sob encomenda, sob medida, que obedeciam a especificações individuais e procuraram uma normalização interna, tentando adaptar-se às normas ou demandas do mercado que, sob uma ótica desenvolvimentista, abria um novo espaço de trabalho para essas empresas. Seus produtos tornaram-se seriados, e o que antes era executado por um técnico qualificado passou a ser feito em diversas etapas por operários e com a ajuda de mão de obra não necessariamente especializada, mas sempre sob a direção e controle de técnicos. Nesse primeiro passo da industrialização, as construções, instalações, máquinas e ferramentas mudaram pouco. Mudou a metodologia de trabalho, o critério de ordenação

da produção e o layout de fabricação. O que mudou radicalmente foi a relação com o consumidor. Antes era quase pessoal e direta. Com os novos critérios, os produtos começaram também a ser vendidos em lojas, por representantes comerciais, mediante especificações em catálogos e também, em função de informações publicitárias. Deixou de ser uma relação direta entre produtor e cliente 
e tornou-se um processo anônimo e relativamente indireto.

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a, t, e, r, S

DOI: 10.5151/9788521218944-03

Como citar:

"A Industrialização e o Design de Móveis para Escritório", p. 122-195. Karl Heinz Bergmiller: um designer brasileiro. São Paulo: Blucher, 2019.
ISBN: 9788521218944, DOI 10.5151/9788521218944-03