O Louco como Outro da Modernidade: Entre a Violência Colonial-Manicomial a os Caminhos por Onde a Vida Resiste
Silva, Nathália Ferreira de Souza e ; Andrade, Douglas Roque
Resumo:
Frente aos processos sócio-históricos de aprisionamento e silenciamento de sujeitos considerados loucos pelo saber colonial-psiquiátrico, este capítulo pretende trazer reflexões a partir das formas pelas quais estes persistem na atualidade. É traçado um paralelo entre o processo de construção do Outro da modernidade europeia, destacando o papel central da Razão para o pensamento hegemônico moderno, e a violência manicomial brasileira, com seus atravessamentos de raça, gênero e classe. A partir do conceito de pensamento abissal, e da potência a um só tempo disruptiva e reparadora da arte e do delírio, é proposta a ideia de “habitar o abismo” como horizonte ético, epistemológico, estético e político para a construção do conhecimento como ação decolonial. Visando, por fim, identificar caminhos por onde a vida resiste, abrindo brechas dentre as ruínas do mundo em escombros que habitamos, para os mundos que ainda poderemos criar.
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DOI: 10.5151/9786555501971-02
Referências bibliográficas
- KRENAK, Ailton. 2019. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras.
- LARA, Ivone. Alguém me avisou. 1980. Disponível em: https://www.letras.mus.br/do¬na-ivone-lara/45561/. Acesso em: 20 jul. 2022.
- LOPES, Adília. Obra. Lisboa: Mariposa Azul. 2000.
Como citar:
SILVA, Nathália Ferreira de Souza e; ANDRADE, Douglas Roque; "O Louco como Outro da Modernidade: Entre a Violência Colonial-Manicomial a os Caminhos por Onde a Vida Resiste", p. 29-44. Teoria social em transformação: dimensões teóricas e práticas sociais de construção de saberes e de relações de poder. São Paulo: Blucher, 2023.
ISBN: 9786555501971, DOI 10.5151/9786555501971-02