Depressão, tristeza, melancolia e luto: uma nova taxonomia psicanalítica?
Endo, Paulo Cesar;
Resumo:
Freud diz: O luto é a perda de uma pessoa amada ou de uma abstração que ocupa seu lugar (2010, p. 172). Isso para dizer que o trabalho psíquico que é desencadeado nos processos de perda é efeito da perda de uma abstração, colapso de uma fantasia que o objeto desmente. Castelos destruídos por efeito da intromissão do Real nas imaginarizações constituídas com, a partir ou apesar do objeto. Essa curva tangencial que constata o objeto – que é sempre e ao mesmo tempo objeto em si e objeto psíquico – e constata sua perda, beira o delírio: “pode chegar a uma delirante expectativa de punição” e influencia, impossibilitando esse decalque e instaurando, por vezes, uma psicose de desejo alucinatória” (Idem, p. 174). Freud indica aqui, portanto, processos bem mais complexos nos entraves do luto.
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DOI: 10.5151/9786555502558-02
Referências bibliográficas
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Allouch, J. A Erótica do Luto no tempo da morte seca. Trad: Procópio Abreu. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2004.
Cromberg, R. Paranóia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
Fédida, P. Depressão. Trad: Martha Gambini. São Paulo: Editora Escuta, 1999.
Como citar:
ENDO, Paulo Cesar;
"Depressão, tristeza, melancolia e luto: uma nova taxonomia psicanalítica?",
p. 57 -74.
In:
Psicanálise: Confins – Memória, Política e Sujeites sem Direitos.
São Paulo: Blucher, 2022.
ISBN: 9786555502558,
DOI 10.5151/9786555502558-02