O Panorama Político e as Origens de um Projeto Brasileiro dos Anos 1950
Resumo:
Na década de 1950, quando Bergmiller veio para o Brasil, ganhava importância especial uma discussão relativa à afirmação do que seria um caráter nacional. Não era uma discussão nova, mas para seu aprofundamento contribuíram fatores políticos diversos, assim como a necessidade de afirmação de uma burguesia industrialista no Brasil, particularmente em São Paulo. Essa burguesia, no entanto, não se caracterizava por um espírito reformista e renovador e buscou seu lugar associando-se às antigas elites e oligarquias, não apresentando, no plano político, nenhuma proposta renovadora ou de aprofundamento democrático. Vários episódios podem comprovar que esse espírito
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DOI: 10.5151/9788521218944-02
Referências bibliográficas
- Paulo Prado (1869–1943) foi o principal mecenas da Semana de 22, descendente de uma das mais importantes famílias paulistas, que incluía personalidades como o Conselheiro Antônio Prado, político proveniente do Segundo Império e influente no início da Primeira República no Brasil, e seu filho Antônio da Silva Prado Júnior, prefeito nomeado do Distrito Federal no governo de Washington Luís, responsável por várias reformas urbanas na cidade do Rio de Janeiro. Paulo Prado era um homem de negócios apaixonado pelas artes. Grande incentivador da cultura e também poeta, assinou o prefácio de Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, e colaborou tanto com a concepção de Macunaíma que Mário de Andrade dedicou o romance a ele. Sua posição de prestígio garantiu doações financeiras de outros importantes cafeicultores para o evento, possibilitando a sua realização.
Como citar:
"O Panorama Político e as Origens de um Projeto Brasileiro dos Anos 1950", p. 68-121. Karl Heinz Bergmiller: um designer brasileiro. São Paulo: Blucher, 2019.
ISBN: 9788521218944, DOI 10.5151/9788521218944-02