Organicismo, DSM e Contemporaneidade: Continuidades e Novidades

Simões, Alexandre;

Resumo:

Há um Organicismo presente e vigente no campo psíquico em nossa atualidade, que tende a se imiscuir na prática e junto ao entendimento de diversos profissionais que aí se encontram, quanto mais ele se propõe como uma genuína eminência parda: sempre por ali, sub-repticiamente, nas sombras das coxias dos cenários epistemológicos. Discreto em suas manifestações, todavia, hegemônico em suas incidências. Neste contexto, por Organicismo devemos considerar a tendência a se localizar (ou, sobretudo, subtender) um substrato material discernível, coincidente com uma localização anatômica (em última instância, cerebral) ou com um percurso sináptico (cuidadosamente, uma rede sináptica), substrato este que daria razão e consistência ao pathos: aquilo que patologiza, aquilo que, sendo marcado pelo excesso, se configura e se expressa como mal-estar. 

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DOI: 10.5151/9788580393873-02

Referências bibliográficas
  • Associação Americana Psiquiátrica (APA). Trad. Maria Inês Corrêa Nascimento. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-5). Porto Alegre: Artmed, 2014. BERCHERIE, P. Os fundamentos da clínica: história e estrutura do saber psiquiátrico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. BIRMAN, J. A psiquiatria e o discurso da moralidade. Rio de Janeiro: Graal, 1978.
Como citar:

SIMõES, Alexandre; "Organicismo, DSM e Contemporaneidade: Continuidades e Novidades", p. 21 -34. In: Psicanálise e Psicopatologia: Olhares Contemporâneos. São Paulo: Blucher, 2019.
ISBN: 9788580393873, DOI 10.5151/9788580393873-02