Pandemias e Mudanças Ambientais Globais: Qual é a Relação?

Morsello, Carla ; Ribeiro, Isabel Tostes ; Prist, Paula Ribeiro

Resumo:

A recente pandemia de covid-19 tem lançado luz sobre um argumento repetido há mais de uma década por cientistas. As chances de despontarem doenças infecciosas emergentes e reemergentes crescem a cada dia, especialmente em locais do mundo que reúnem características capazes de propiciar interações entre seres humanos, ani­mais silvestres e domésticos. É o caso de localidades da Ásia, mas também das flores­tas tropicais com alta biodiversidade, por exemplo, as florestas tropicais da América do Sul, como as florestas da Amazônia e Mata Atlântica. Em um mundo com altas densidades populacionais e globalizado, a probabilidade de que essas doenças emer­gentes se tornem pandêmicas é alta, dada a frequência de contatos e ampla circulação de pessoas entre localidades e países. Para entender melhor esse processo, faremos neste capítulo uma viagem da China ao Brasil, passando pela Amazônia e pela amea­çada Mata Atlântica. Ao longo do caminho, analisaremos quais hipóteses explicam o início da pandemia de covid-19, explorando por que eventos similares já eram previs­tos e podem se tornar rotineiros. Por fim, analisaremos as evidências que sugerem que a Amazônia pode se tornar um epicentro de novas epidemias, caso as mudanças no uso da terra e taxas de desmatamento sejam mantidas, e mostraremos por que a Mata Atlântica é considerada um importante hotspot mundial da emergência de zoonoses.

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Meio Ambiente, desenvolvimento sustentável, aspectos sociais covid-19

DOI: 10.5151/9786555502381-01

Referências bibliográficas
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Como citar:

MORSELLO, Carla; RIBEIRO, Isabel Tostes; PRIST, Paula Ribeiro; "Pandemias e Mudanças Ambientais Globais: Qual é a Relação?", p. 19-48. Sociedade, meio ambiente e cidadania em tempos de pandemia. São Paulo: Blucher, 2022.
ISBN: 9786555502381, DOI 10.5151/9786555502381-01