A Retórica do Poder e o Poder da Retórica

Ferreira, Luiz Antonio

Resumo:

Em retórica, a meta é a adesão, mas, como afirma Perelman, “o campo da argumentação é o do verossímil, do plausível, do provável, na medida em que este último escapa às certezas do cálculo” (PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 1996, p. I). A retórica, pois, habita nesse espaço dinâmico do dizer que requer não apenas a habilidade formal no manejo do texto, mas uma consciência retórica: um orador sabe que precisa captar um movimento passional, que se interpõe à construção discursiva e o torna capaz ou incapaz de mover seu auditório a favor de uma causa. Sabe-se que, se o logos regula-se por aquilo que é, o pathos encontra outros caminhos, sempre singulares e inquietos, ligados ao bem, ao justo, ao útil, ao preferível e, sobretudo, ao verossímil.

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retórica, teoria literária

DOI: 10.5151/9786555501018-01

Referências bibliográficas
  • AMOSSY, Ruth L. L’argumentation dans le discours. 2ème éd. Paris: Armand Colin, 2006.
  • AMOSSY, Ruth L. (org.). Imagens de si no discurso: a construção do ethos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2005. 206 p.
  • ARISTÓTELES. Arte retórica e arte poética. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d.
Como citar:

FERREIRA, Luiz Antonio; "A Retórica do Poder e o Poder da Retórica", p. 9-16. O suscitar das paixões: a retórica de uma vida. São Paulo: Blucher, 2021.
ISBN: 9786555501018, DOI 10.5151/9786555501018-01