O Design Moderno

Resumo:

A ideia do design moderno não é uma derivação direta do Grande Racionalismo, ainda que consideremos a presença irrefutável do pensamento cartesiano em sua essência e que o apelo constante ao método seja a sua maior característica. O problema maior parece residir em uma evolução; e toda evolução significa, por um lado, aprimoramento e, por outro, reducionismo de uma ideia básica. Essa evolução tem seu ponto de partida real no Racionalismo Crítico de Karl Popper1 e Hans Albert, concepção filosófica que me parece bastante próxima das ideias do design moderno. Na curta história do design moderno, a razão não é uma ideia muito precisa até porque, ao contrário do que ela faz supor, não há um único tipo de razão. Em filosofia, ao se falar de razão, procura-se sempre indicar de que gênero, classe, forma, modo ou tipo se trata, e o conjunto 

é bastante extenso.

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a, t, e, r, S

DOI: 10.5151/9788521218944-01

Referências bibliográficas
  • Karl Popper (1902–1994). Áustria. Filósofo dos mais influentes do século XX estudou e criticou a ciência. Defensor da democracia liberal, foi adversário declarado de qualquer tipo de totalitarismo. Ele é conhecido pela sua defesa da falseabilidade como um critério da demarcação entre a ciência e a não ciência e pela sua defesa da sociedade aberta. Popper definiu sua filosofia como Racionalismo Crítico. Essa designação é um indício da sua rejeição do empirismo clássico e do observacionismo-indutivista da ciência, que disso resulta. Popper argumentou que a teoria científica será sempre conjetural e provisória. Não é possível confirmar
  • a veracidade de uma teoria pela simples constatação de que os resultados de uma previsão efetuada com base naquela teoria se verificaram. Essa teoria deverá gozar apenas do estatuto de uma teoria não (ou ainda não) contrariada pelos fatos. O que a experiência e as observações do mundo real podem e devem tentar fazer é encontrar provas da falsidade daquela teoria. Esse processo de confronto da teoria com as observações poderá provar a falsidade [falsify] da teoria em análise. Nesse caso há que eliminar essa teoria que se provou falsa e procurar outra teoria para explicar o fenômeno em análise. No entanto, existem críticas à teoria de Popper em sua própria filosofia: ao afirmar que toda e qualquer teoria deve ser falseável, isso se aplica à própria teoria da falseabilidade e, portanto, a falseabilidade deve ser falseável em si mesma.
Como citar:

"O Design Moderno", p. 20-67. Karl Heinz Bergmiller: um designer brasileiro. São Paulo: Blucher, 2019.
ISBN: 9788521218944, DOI 10.5151/9788521218944-01