Notas do nosso submundo: o Brasil pede SOS ao Brasil

Endo, Paulo Cesar;

Resumo:

Neste ensaio – parte ensaístico, parte biográfico –, procurarei sumarizar, fragmentariamente e de modo brevíssimo, alguns trechos de minhas pesquisas, trabalho e ativismo dos últimos 30 anos a fim de articulá-los, como psicanalista, professor e pesquisador brasileiro a algumas possibilidades de pensar a atual situação do Brasil. Não se trata de uma tarefa apenas formal ou mesmo indigente, no que diz respeito a todos os outros trabalhos e pesquisas que venho realizando nos últimos anos até o momento presente; também não é um estado da arte de mim mesmo. Talvez ela seja (des)formal, fragmentário e sem remissão a qualquer texto anterior ou posterior que viria a completá-lo. Como observa Maurice Blanchot sobre a fala de fragmento: nem parte de uma totalidade da qual seria um pedaço; nem incompletude a ser integrada a um todo ainda vindouro. O fragmento tem sua própria eloquência e força e fala por si.

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Referências bibliográficas
  • Avelar, I. Alegorias da Derrota: Ficção Pós-Ditatorial e o trabalho de luto na América Latina. Trad. Saulo Gouvêia. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.   Blanchot, M. A conversa infinita 3: a ausência de livro, o neutro, o fragmentário. Tradução: João Moura Junior. São Paulo: Escuta, 2010, p. 41-45.   Costardi, G.; Endo, P. Os caminhos possíveis de um desgoverno diante da prática da tortura: apontamentos e perspectivas num contexto de apoio governamental a graves violações de direitos humanos no Brasil. Lua Nova, n. 108, 2019, p. 177-193.