Prefácio

Cromberg, Renata Udler;

Resumo:

“O feminino entre nós” fala do feminino de todos nós, humanos. O feminino que faz nó ao tecer as redes do eu e do self. Fernanda Cristina Dias realizou um trabalho ímpar em seu “diálogo com Winnicott”: situar a contribuição dele às noções de identidade e sexualidade feminina em sua teoria do desenvolvimento emocional. Em sua escrita fluida e muito bem amarrada conceitualmente, ela estabelece um método onde primeiro situa o ambiente histórico, social e político para depois desenvolver uma trajetória conceitual, criando assim ambientes históricos, conceituais e institucionais para a acolhida da questão da mulher. Primeiro, o campo que fez surgir a questão conceitual do feminino em Freud em cinco textos que ela analisa. Depois, ela aborda o feminino e a mulher nos pós freudianos, apontando o caminho da escola de Viena de Freud e a escola de Londres de Abraham, numa abordagem histórica e conceitual muito original. Só então ela faz surgir Winnicott, situando o ambiente institucional e histórico da gênese de seu pensamento, apontando, por exemplo, como o conceito de mãe suficientemente boa traz ecos das questões sociológicas e psicológicas por trás da mãe comum inglesa do século XX.

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Referências bibliográficas
  • Abram, J. (1996). The Language of Winnicott. A dictionary of Winnicott´s Use of Words. London, United Kingdom: Karnac Books. New Jersey: Jason Aronson Inc, 2007. Abram, J. (2008). Donald Woods Winnicott (1896–1971): A brief introduction. The International Journal of Psychoanalysis, 89(6), 1189-1217. Abraham, K. (1922): Manifestations of the female castration complex. Female Sexuality: the early psychoanalytic controversies (pp. 51-75). London: Karnac, 2015.