Resumo:
Refletir sobre um fenômeno preocupante e pouco conhecido que vem ganhando impulso na atualidade é essencialmente o propósito deste trabalho: a associação entre a música e a violência institucional. Uma parceria discreta e sinistra, mais evidente quando o propósito é causar dor física – como é o caso da música em alto volume na tortura e nas salas de interrogatório –, mas que apresenta suas sutilezas quando se trata de violência psicológica no cotidiano.
No Brasil, conforme se pode constatar no presente estudo, essa associação insinua-se nas empresas em meio a dinâmicas motivacionais e brincadeiras, conhecidas como ‘micos’, realizadas com funcionários que, sentindo-se humilhados, acusam os ex-empregadores de ‘assédio moral’ perante os tribunais do trabalho. Dentre as músicas mais citadas, estão aquelas de cunho erótico-sensual ou que contêm alusão dessa natureza e constituem, essencialmente, produtos da Indústria Cultural.
Como citar:
FORSTER, Susan Christina; "Pré-textuais", p. 1-42. Música e Humilhação: uma visão através das ações de indenização por dano moral: uma visão através das ações de indenização por dano moral. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392623, DOI 10.5151/9788580392623-00