Resumo:

O trabalho nunca foi tão seguro como parece ser hoje em dia. A segurança também nunca foi tão burocrática. Nas últimas duas décadas, o número de regras de segurança e leis explodiu, e as próprias organizações estão criando cada vez mais exigências de compliance internas que precisam ser cumpridas. Burocracia e compliance agora parecem ser menos sobre gerenciar a segurança de trabalhadores e mais sobre controlar a responsabilidade das pessoas para quem eles trabalham. Ao mesmo tempo, o progresso em segurança tem diminuído. Muitas taxas de acidentes e lesões se estabilizaram. E, o que é pior, um desempenho de excelência na segurança contra acidentes de baixa gravidade tende a aumentar o risco de fatalidades e desastres. Fazemos os trabalhadores executarem muitas coisas que de nada adiantam para melhorar seu sucesso localmente. E, paradoxalmente, o acirramento da burocracia de segurança nos afasta da própria fonte de percepção humana, da criatividade e resiliência que podem nos dizer como chegamos ao sucesso e de onde o próximo acidente poderá vir. Agora é a hora dos Anarquistas da Segurança: pessoas que confiem mais em pessoas do que em processos, que contem mais com a coordenação horizontal de experiências e inovações, que não concordem com regras mesquinhas e com seu cumprimento coercitivo, e que ajudem a recuperar a dignidade e a perícia do trabalho humano.