O ETHOS DISCURSIVO NA SALA DE BATE-PAPO 11 UOL46/SALVADOR-BA ON-LINE, HOMOAFETIVO; OFF-LINE, HETERONORMATIVO

Sobral, Gilberto Nazareno Telles; Andrade Junior, Valter Cezar;

Resumo:

A Pós- Modernidade é caracterizada pelo panteísmo, em que o que importa é a fé pela fé, ou seja, tudo pode ser deus, dependendo apenas do acreditar individual; o homem é gnóstico, pois possui em si essência do divino, que o faz também parte física dessa dada entidade divina. É a época pósindustrial, a qual funciona como responsável da expansão do industrialismo aos países atrasados, colocando-os na condição de emergentes, bem como o advento de avanços tecnológicos àqueles já industrializados. Nesse novo paradigma, mediado pela tecnologia dos códigos binários, surge este trabalho, à luz do uso da linguagem – e consequente discursividade– em ambiente virtual, como forma de análise da construção do ethos discursivo homoafetivo, observando, ainda, o transitar pela construção, também e paralelamente, do ethos discursivo heteronormativo. Daí surgiu o interesse por esse trabalho, posto que as salas de batepapo da UOL fornecem material discursivo suficiente para sustentar a pesquisa aqui apresentada.

Capítulo:

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/9788580391176-0006

Referências bibliográficas
  • ARISTÓTELES. Retórica. Introdução de Manuel Alexandre Júnior. Tradução e notas de Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pena. Lisboa: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1998. AMOSSY, R. Da noção retórica de ethos à análise do discurso. In: ______. (Org.). Imagens de si no discurso, a construção do ethos. São Paulo: Contexto, 2005.
    BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2003.
    BUTLER, J. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do sexo. In: O corpo educado – pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica,
    2000, p. 151-176.
    CHARAUDEAU, P.; MAINGUENEAU, D. Dicionário de análise do discurso. Coordenação da tradução Fabiana Komesu. São Paulo: Contexto, 2004.
    COELHO, T. Moderno pós-moderno. 3. ed. São Paulo: Iluminuras, 1995.
    DUCROT, O. O dizer e o dito. Revisão técnica da tradução Eduardo Guimarães. Campinas: Pontes, 1997.
    LÉVY, P. Cibercultura. Tradução Carlos Irineu da Costa. 2. ed. São Paulo: Ed. 34, 2000.
    MAINGUENEAU, D. A propósito do ethos. In: Ethos discursivo. São Paulo: Contexto, 2008, p. 11-32.
    OSAKABE, Haquira. Argumentação e discurso político. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1979.
    PERELMAN, C.; OLBRECHTS-TYTECA, M. Tratado da argumentação: a nova Retórica. Tradução de Maria Ermantina Galvão G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
    SOBRAL. G. N. T.; MIRANDA, R. A. de. A construção do ethos no jornal Massa!: uma identificação com a Cidade de Salvador. In: Salvador em preto e branco: estudos do discurso. Estudos Sociolinguísticos. Salvador: Quarteto, 2013, p. 27-43.
Como citar:

SOBRAL, Gilberto Nazareno Telles; ANDRADE JUNIOR, Valter Cezar; "O ETHOS DISCURSIVO NA SALA DE BATE-PAPO 11 UOL46/SALVADOR-BA ON-LINE, HOMOAFETIVO; OFF-LINE, HETERONORMATIVO", p. 101 -114. In: Linguagem, Sociedade e Discurso. São Paulo: Blucher, 2015.
ISBN: 978-85-8039-117-6, DOI 10.5151/9788580391176-0006