Inglês como língua franca: representações e práticas de alunos e professores de língua inglesa no Brasil

ROSA FILHO, Jeová Araújo; VOLPATO, Mayara; GIL, Gloria;

Resumo:

Ao se levantar uma discussão sobre as repercussões do Inglês como Língua Franca (ILF) em contextos de ensino e aprendizagem, o entendimento do fenômeno de globalização torna-se um ponto de partida para situarmos o nosso problema de pesquisa. O conceito de globalização, no entanto, é multidimensional e se desdobra em diversas disciplinas acadêmicas: trata-se de um tópico tão vasto que um único arcabouço teórico não o explicaria completamente (KUMARAVADIVELU, 2008).A globalização está relacionada a uma série de forças que atuam expandindo, acelerando e intensificando interconexões ao redor do mundo. Nesse contexto, o inglês é representado como uma língua de comunicação global que impulsiona e é impulsionada pelo fenômeno de globalização. A respeito disso, Jenkins, Cogo e Dewey (2011) apontam que a língua inglesa se tornou uma língua franca (ILF doravante) cujo uso em escala mundial pode ser justificado pela globalização, assim como o avanço da globalização pode ser justificado pela emergência de uma língua franca. Portanto, entendemos a relação entre ILF e globalização como duas forças convergentes e, sobretudo, constituintes entre si.

0:

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/9788580391466-11

Referências bibliográficas
  • BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Fundamental, 1998.
    ______. Guia de livros didáticos: PNLD 2015. Brasília, DF: MEC/SEB, 2015.
    BYRAM, M. Teaching and assessing intercultural communicative competence. Clevedon: Multilingual Matters, 1997.
    COOK, V. Going beyond the native speaker in language teaching. TESOL Quarterly, Washington, DC, v. 33, n. 2, p. 185-209, 1999.
    CORBETT, J. An Intercultural Approach to English Language Teaching. New York: Multilingual Matters, 2003.
    CRUZ, N. C. The (un)intelligibility of “comfortable” produced by a Brazilian speaker of English. Speak out! Newsletter of the IATELFL Pronunciation SIG, v. 33, 2006, p. 9-13.
    ______. Pronúncia no contexto de inglês língua franca: inteligibilidade da fala de um japonês para ouvintes brasileiros. Anais do III Congresso Internacional da ABRAPUI. Florianópolis, 2012.
    CRYSTAL, D. English as a global language. [S.I]: Cambridge University Press, 2003.
    FIRTH, A. The discursive accomplishment of normality. On ‘lingua franca’ English and conversation analysis. Journal of Pragmatics, Amsterdam, v. 26, p. 237-259, 1996.
    FRIEDRICH, P.; MATSUDA, A. When five words are not enough: a conceptual and terminological discussion of English as a lingua franca. International Multilingual Research Journal, Mahwah, v. 4, n. 1, p. 20-30, 2010.
    GIMENEZ, T. Eles comem cornflakes, nós comemos pão com manteiga: espaços para a reflexão sobre cultura na sala de aula de língua estrangeira. Anais do IX Encontro de Professores de Línguas Estrangeiras – IX EPLE. Londrina: APLIEPAR, 2001. p. 107-114.
    HOUSE, J. Misunderstanding in intercultural communication: interactions in English as a lingua franca and the myth of mutual intelligibility. In: GNUTZMANN, C. (Ed.). Teaching and learning English as a global language. Tubingen: Stauffenburg, 1999. p. 73-89.
    ______. Pragmatic competence in lingua franca English. In: KNAPP, K.;
    HULMBAUER, C. et al. Introducing English as a lingua franca (ELF): precursor and partner in intercultural communication. Synergies Europe, 2008. p. 25-36.
    JENKINS, J. English as a lingua franca: attitude and identity. Oxford: OUP, 2007.
    JENKINS, J.; COGO, A.; DEWEY, M. Review of developments in research into English as a lingua franca. Language teaching, v. 44, n. 3, p. 281-315, 2011.
    KRAMSCH, C. Language and culture. Oxford: Oxford University Press, 1998.
    KUMARAVADIVELU, B. Cultural globalization and language education. New Haven, CT: Yale University Press, 2008.
    LIDDICOAT, A. et al. Striving for the third place: intercultural competence through language education. Melbourne: Language Australia, 1999.
    MCKAY, S. L. Teaching English as an international language. Oxford: Oxford University Press, 2002.
    MEIERKORD, C. Englisch als medium der interkulturellen kommunication: untersuchungen zum Non-native/Non-native-diskurs. Frankfurt: Peter Lang, 1996.
    ______. ‘Language stripped bare’ or ‘linguistic Masala’: culture in lingua franca communication. In KNAPP, K; MEIERKORD, C (Eds.). Lingua franca communication. Frankfurt: Peter Lang, 2002. p. 109-133.
    PENZ, H. Successful intercultural communication. In: KETEMANN, B; MARKO, G (Eds.). Expanding circles, transcending disciplines, and multimodal texts. Tubigen: Gunther Nar, 2003.
    REIS, F.S.; CRUZ, N.C. (Un)intelligibility in the context of English as a lingua franca: a study with French and Brazilian speakers. Intercâmbio. V. 22, p. 35-55, 2010.
    SEIDLHOFER, B. Colsing a conceptual gap: the case for a description of English as a lingua franca. Annual Review of Applied Linguistics, v. 24, p. 209- 239, 2001.
    ______. Understanding English as a lingua franca. Oxford: OUP, 2011.
Como citar:

ROSA FILHO, Jeová Araújo; VOLPATO, Mayara; GIL, Gloria; "Inglês como língua franca: representações e práticas de alunos e professores de língua inglesa no Brasil", p. 225 -244. In: Sociolinguística e Política Linguística: Olhares Contemporâneos. São Paulo: Blucher, 2016.
ISBN: 9788580391466, DOI 10.5151/9788580391466-11