Fundamentação teórica - A escolha das Abordagens
Sznelwar, Laerte Idal;
Resumo:
Neste texto, as bases teóricas adotadas são oriundas da psicodinâmica do trabalho (PDT) e da ergonomia da atividade. A proposta não é de esgotar o tema, mas sobretudo, a partir de alguns conceitos – chave, desenvolver as ideias citadas anteriormente com relação ao protagonismo no e do trabalho. Dentre esses conceitos, em primeiro lugar, damos ênfase, à discrepância entre o real e o prescrito, tema clássico na ergonomia da atividade, mas que permanece bastante obscuro aos olhos das teorias organizacionais clássicas. O propósito não é o de enumerar os trabalhos que nos trazem esta evidência empírica, algo será tratado na apresentação de resultados de pesquisas feitas por mim e por colegas que trabalham em cooperação comigo, mas o de reafirmar que a atividade desenvolvida por quaisquer trabalhadores, não corresponde exatamente àquilo que foi previsto ao se projetar uma tarefa. Trata-se de duas ontologias diferentes, a tarefa com sentido prescritivo e normativo e a atividade, pertencente ao mundo do vivido, da experiência de cada um, do uso do corpo para obter um determinado resultado. A tarefa, como diz Clot (1995), também resulta da atividade de alguém, isto é, daqueles que, de alguma maneira a prescreveram. Duas ontologias diferentes, portanto, dois universos diferentes que, constituem o mundo da produção. Não há produção sem que se projete, de alguma maneira, as tarefas e o seu universo, assim como não há produção sem a atividade daqueles que, em diálogo com a tarefa prescrita, desenvolvem suas atividades.
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DOI: 10.5151/BlucherOA-trabalhosznelwar-004
Referências bibliográficas
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Como citar:
SZNELWAR, Laerte Idal;
"Fundamentação teórica - A escolha das Abordagens",
p. 20 -65.
In:
Quando Trabalhar É Ser Protagonista e o Protagonismo do Trabalho.
São Paulo: Blucher, 2015.
ISBN: 978-85-8039-095-7,
DOI 10.5151/BlucherOA-trabalhosznelwar-004