AS RELAÇÕES DE GÊNERO NA AGRICULTURA FAMILIAR: a comunidade Ribeirão no município de Catalão (GO)

Bernardes Silva, Gabriela; de Paula Pontes Mendes, Estevane;

Resumo:

A agricultura familiar caracteriza as unidades de produção rural, estruturadas no trabalho familiar. Sendo assim, a produção familiar corresponde a uma unidade de produção agrícola onde há relações com o espaço e com as dinâmicas do sistema de trabalho, no vínculo entre a família e seu entorno sociocultural. A família é ao mesmo tempo, unidade de produção e consumo. Assim, por ser o trabalho organizado a partir da e para a família, torna-se fundamental compreender os espaços ocupados pelas mulheres na agricultura familiar. Houve várias transformações no espaço agrário brasileiro devido à modernização no campo, por volta dos anos 70, então o trabalho da mulher surge com o intuito de contribuir na propriedade. O conceito de gênero explica comportamentos de mulheres e homens, com o intuito de compreender parte dos problemas/dificuldades que as mulheres enfrentam no trabalho, na vida política. No Brasil, o conceito de gênero começou a ser utilizado no final da década de 1980 e início da década de 1990, por pesquisadores com influências feministas. Na Geografia, a principal preocupação dos estudos de gênero é o espaço, pois procuram trabalhar o tema de forma a demonstrar como a mulher, através do seu trabalho, produz e reproduz o espaço. Assim, tem-se discutido as relações de gênero na agricultura familiar e a importância das mulheres na reprodução da família e do espaço do qual fazem parte. Com base nisso, este trabalho tem com o objetivo mostrar a contribuição que a mulher vem desenvolvendo na agricultura familiar, na comunidade Ribeirão, em Catalão (GO).

Capítulos:

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/9788580391091-V1_Cap14

Referências bibliográficas
  • ABRAMOVAY, R. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. São Paulo: Hucitec, 1992. 275 p. (Estudos Rurais, 12).
    ALVES-MAZZOTTI, A. J, GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e sociais; pesquisa quantitativa e qualitativa. 2-ed. São Paulo, Pioneira: p. 147-177, 1999.
    ANDRÉ, I. M. O gênero em geografia: introdução de um novo tema. Finisterra, Lisboa, v.25, n. 50, p. 331-348, 1990. Disponível em: Andlt;http://www.ceg.ul.pt/finisterra/numeros/1990-50/50_04.pdfAndgt;. Acesso em: 05 de outubro. 2013.
    BOURDIEU, P. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p 315, 1989.
    BOURDIEU, P. A dominação masculina. Tradução Maria Helena Kühner. 5 - ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 160 p, 2007.
    BLUM, R. Agricultura familiar: um estudo preliminar da definição, classificação e problemática. In: TEDESCO, J. C. (Org.). Agricultura familiar: realidades e perspectivas. 3. ed. Passo Fundo: UPF, p. 57-104, 2001.
    BUBER, M. Sobre comunidade. Tradução Newton Aquiles Von Zuben. São Paulo: Perspectiva, 141 p, 1987.
    CAUME, D. J. A agricultura familiar no estado de Goiás. Goiânia: UFG, 71 p, 1997. CISNE, M. Gênero, Divisão Sexual do Trabalho e Serviço Social. 1 - ed. São Paulo: Outras Expressões, 144 p, 2012.
    CORDEIRO, R de L. M. Agricultura familiar, trabalho feminino e ação coletiva. UFPE, 2003, 13 p.
    ESTEVAM, L. A. A Agricultura tradicional em Goiás. In: PEREIRA, A. A. (Org.). Agricultura de Goiás: análise e dinâmica. Goiânia: UCG, p - 737-746, 2014.
    GUIMARÃES, R. R. As estratégias de resistência camponesa: o Movimento Camponês Popular na comunidade Ribeirão em Catalão (GO). 166 f. 2010. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal de Goiás, Catalão (GO) 2010.
    GUIMARÃES, R. R; MESQUITA, H. A. Feira camponesa: instrumento de luta e resistência das mulheres camponesas em Catalão (GO). In: Anais... XIX ENCONTRO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA, São Paulo, p - 1-15, 2009.
    ______. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Tradução Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. 17 - ed. Rio de Janeiro: Graal, 2006. 176 p.
    KERGOAT, D. A relação social de sexo: da reprodução das relações sociais à sua subversão. Pro-Posições, Campinas, UNICAMP, v.13, 2002.
    LAMARCHE, H. (Coord.). Agricultura familiar: comparação internacional. Tradução de Ângela M. N. Tijiwa. Campinas: Unicamp, v. 1, 1993. (Coleção Repertórios).
    LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. 179 p.
    LUNA, S. V. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: EDUC, 2005. 108 p. (Série Trilhas)
    MENDES, E. de P. P. A produção rural familiar em Goiás: as comunidades rurais no Terra, trabalho e família município de Catalão. 2005. 294 f. Tese (Doutorado em Geografia – Desenvolvimento Regional e Planejamento Ambiental) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2005.
    MESQUITA, L. A. P. de. O papel das mulheres na agricultura familiar: a comunidade Rancharia, Campo Alegre de Goiás. 135 f. 2013. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal de Goiás, Catalão (GO) 2013.
    MOREIRA, R. J. Agricultura familiar: processos sociais e competitividade. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999. 204 p.
    ROSSINI, R. E. Geografia e gênero: a mulher como força de trabalho no campo. Informações Econômicas, São Paulo, v. 23 (Supl.1), p. 1-58, 1993. Disponível em: Andlt;http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=1159Andgt;. Acesso em: 23 mar. 2012.
    SCOTT, J. W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade. Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995.
    TEDESCO, J. C. (Org.). Agricultura familiar: realidades e perspectivas. 3 - ed. Passo Fundo: UPF, 2001. 405 p.
    TEDESCO, J. C. Racionalidade produtiva e ethos camponês. Passo Fundo: EDIUPF, 1999. 331p.
Como citar:

BERNARDES SILVA, Gabriela; DE PAULA PONTES MENDES, Estevane; "AS RELAÇÕES DE GÊNERO NA AGRICULTURA FAMILIAR: a comunidade Ribeirão no município de Catalão (GO)", p. 228 -240. In: Coletânea Interdisciplinar em Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação - vol. 1. São Paulo: Blucher, 2015.
ISBN: 978-85-8039-109-1, DOI 10.5151/9788580391091-V1_Cap14