As Bases Tradicionais da Experiência Neoliberal no Ceará: a Força Eleitoral dos Clãs Políticos Familiares

MARINHO, Cristiane Maria; NOBRE, Maria Cristina de Queiroz;

Resumo:

Em função de grandes secas, clima instável, descaso político, dependência econômica e política, dentre outras questões, há no Ceará uma economia periférica em relação ao Sul do país e, por sua vez, ao capital estrangeiro. Pode-se, por isso, afirmar que tem sido uma economia dependente, desde o início da colônia até a atual fase republicana, e marcada por um capitalismo também periférico e dependente.Dessa forma, é possível compreender que nesse contexto a estrutura das elites políticas e econômicas sempre se mostrou frágil, significando muitas vezes a impossibilidade da sua permanência continuada no governo do Estado ou na hegemonia política local: “Daí a alternância das facções da classe dominante no poder ou a formação de grandes coligações, bem como a grande influência da política cearense sobre o que se passava nacionalmente – os fatos políticos e econômicos nacionais repercutiam no Estado, visto que as divergentes elites locais não tinham condições de se opor em bloco” (FARIAS, 2012, p. 370). Assim, a alternância de grupos no poder e as coligações são significativas da frágil estrutura das nossas elites.

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Palavras-chave:

DOI: 10.5151/9788580391879-09

Como citar:

MARINHO, Cristiane Maria; NOBRE, Maria Cristina de Queiroz; "As Bases Tradicionais da Experiência Neoliberal no Ceará: a Força Eleitoral dos Clãs Políticos Familiares", p. 155 -170. In: Capitalismo, Trabalho e Política Social - Vol. 2. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580391879, DOI 10.5151/9788580391879-09