O ensino de prosódia nas aulas de espanhol como língua estrangeira

SILVA, Cristiane Conceição;

Resumo:

Normalmente, o sonho de quase todo aprendiz de uma línguaestrangeira é dominar, como se fosse um nativo, a pronúncia (tanto no nívelsegmental quanto prosódico) da língua que está aprendendo. Esse aprendiz,porém, quando começa a participar em situações reais de conversação comfalantes nativos fora da sala de aula logo percebe que se conseguir secomunicar e se, cada vez menos, os interlocutores pedirem que ele repitapalavras ou frases já terá, pelo menos, avançado um grande passo.Quando se trata de brasileiros aprendendo espanhol comolíngua estrangeira, a situação não é muito diferente. Porém, talvez por causade uma falsa crença de que a pronúncia do espanhol é fácil (POCH OLIVÉ, 2004),este campo tenha recebido pouca atenção no ensino como língua estrangeira. Umaevidência dessa deficiência pode ser comprovada, por exemplo, pela simplesobservação de materiais didáticos utilizados no Brasil para o ensino deespanhol como língua estrangeira (doravante espanhol/LE). Neles, há poucasseções dedicadas ao ensino de pronúncia dos segmentos e praticamente não háreferências ao ensino da prosódia.

0:

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/9788580392593-05

Referências bibliográficas
  • ABERCOMBIE, D. Elements of general phonetics. Aldine Pub. Company, 1967. BUSSMANN, H. Routledge Dictionary of Language and Linguistics. New York: Routledge, 1996. BARBOSA, P. A. At least two macrorhythmic units are necessary for modeling Brazilian Portuguese duration. In: First ESCA TRW on Speech Production Modeling: From Control Strategies to Acoustics; 4th Speech Production Seminar: Models and Data, 1996, Austrans: France. Resumos… p. 85-88. BARBOSA, P. A. Revelar a estrutura rítmica de uma língua construindo máquinas falantes: pela integração de ciência e tecnologia de fala. In: E. M. SCARPA (Org.). Estudos de prosódia. Campinas: Editora da Unicamp, 1999. p. 21-52. BARBOSA, P. A.; ERIKSSON A.; AKESSON, J. Cross-linguistic similarities and differences of lexical stress realization in Swedish and Brazilian Portuguese. In E.L. Asu e P. Lippus (Eds) Nordic Prosody CONFERENCE, 11, 2012, Frankfurt am Main: Peter Lang, Tart. Resumos…2013, p. 97-106. BARBOSA, P. A.; MADUREIRA, S. Manual de fonética acústica experimental: aplicações e dados do português. São Paulo: Cortez, 2015, 591p. BOTINIS, A.; B. GRANSTRÖN; B. MÖBIUS. Developments and paradigms in intonation research. Speech Communication, v. 33, p. 263-296, 2001. CORTÉS, M. Didáctica de la prosodia del español: la acentuación y la entonación. Madrid: Edinumen, 2002, 158p. COUPER-KUHLEN, E. An introduction to English prosody. Edward Arnold, 1986. DUARTE, J. A. C. Manual de análisis acústico del habla con Praat. Series Minor (49). Instituto Cara y Cuervo. Imprenta Patriótica, Bogota, 2014. Disponível em: . Acesso em: 03 fev. 2017. DUBOIS, J. et. al. Dicionário de Lingüística. 10 ed. Cultrix: São Paulo, 1998. EKMAN, P. A linguagem das emoções. São Paulo: Lua de Papel, 2011. FIRTH, J. R. Sounds and prosodies. In: W. E. JONES e J. LAVER (Eds). Phonetics in Linguistics: A Book of Readings. Londres: Longman, 1948. p. 47-65. GIL FERNÁNDEZ, J. Fonética para profesores de español: de la teoría a la práctica. Madrid: Arco/Libros, 2007. 614p. GOLDMAN-EISLER, F. The significance of changes in the rate of articulation. Language and Speech, 4, 171, 1961. GUT, U.; TROUVAIN J.; BARRY, W. J. Bridging research on phonetic descriptions with knowledge from teaching practice: the case of prosody in non-native speech. In: J. TROUVAIN e U. GUT (Eds). Non-Native Prosody: Phonetic Description and Teaching Practice. Berlim: Walter de Gruyter, 2007. p. 3-21. LAHOZ, J. M. La enseñanza de la entonación, el ritmo y el tempo. In: GIL, J. (Ed). Aproximación a la enseñanza de la pronunciación en el aula de español. Madrid: Edinumen, 2012. p. 93-131. LAVER, J. Principles of Phonetics. Cambridge: Cambridge University Press, 1994. Lennon, P. Investigating fluency in EFL: a quantitative approach. Language Learning 40, 387-417, 1990. LLISTERI, J. et al. The perception of lexical stress in Spanish. In M. J. Solé, D. Recasens e J. Romero (Eds.). In: INTERNATIONAL CONGRESS OF PHONETIC SCIENCES, 15, vol. 39, 2003, Barcelona: Causal Productions. Resumos… p. 2023-2026. Disponível em: http://liceu.uab.cat/~joaquim/publicacions/Llisterri_ Machuca_Mota_Riera_Rios_03_Perception_Stress_Spanish.pdf. Acesso em: 02 fev. 2017. MASSINI, J. A Duração no estudo do acento e do ritmo em português. 1991. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Instituto de Estudo da Linguagem. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1991. MORAES, J. A. Corrélats acoustiques de l’accent de mot en portugais brésilien. In: internation congress of phonetic sciences, 11, vol. 3, 1987, Tallinn: Academy of Sciences of the Estonian S.S.R. Resumos… p. 313-316. NESPOR, M. e VOGEL, I. Prosodic phonology. Foris: Dordrecht, 1986. OSSER, H.; PENG, F. A cross-cultural study of speech rate. Language & Speech, v. 7, p. 120–125, 1964. POCH OLIVÉ, D. La pronunciación en la enseñanza del Español como Lengua Extranjera. RedELE: Revista Electrónica de Didáctica ELE, v. 1, 10, 2004. POCH OLIVÉ, D. Fonética para aprender español: Pronunciación. Madrid: Edinumen, 1999, 110p. RICO, J. R. El acento y la sílaba en la clase de ELE. In: GIL, J. (Ed). Aproximación a la enseñanza de la pronunciación en el aula de español. Madrid: Edinumen, 2012. p. 75-92. SILVA, C. C. Análisis melódico de declarativas e interrogativas absolutas en español/ LE. Phonica, vol. 5, 2009. SILVA, C. C. Análise fonético-experimental da entoação de declarativas e interrogativas em espanhol/LE. 2016. 225p. Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2016.
Como citar:

SILVA, Cristiane Conceição; "O ensino de prosódia nas aulas de espanhol como língua estrangeira", p. 77 -102. In: Prosódia da fala: pesquisa e ensino. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392593, DOI 10.5151/9788580392593-05