Os subgêneros da carta pessoal em correspondências pernambucanas da primeira metade do século XX

Silva, Aldeir Gomes da; Gomes, Valéria Severina;

Resumo:

A carta, hoje, não possui mais a representatividade comunicativa que possuía no passado, devido à substituição por formas de comunicação mais rápidas, como o e-mail, por exemplo. Apesar disso, ela é considerada um dos gêneros fundamentais às investigações linguísticas, sobretudo na perspectiva histórica da língua e do texto, uma vez que guarda as marcas das condições de produção de diferentes sincronias passadas. Ao longo da história, diversas relações têm sido estabelecidas através da carta e diversas finalidades são a ela atribuídas: a carta pode assumir o papel de um tratado de ciência (as cartas de Freud), de um relato histórico-geográfico (a Carta de Pero Vaz de Caminha), de uma obra literária (as Cartas Portuguesas de Mariana Alcoforado), de uma solicitação de emprego ouum pedido de demissão etc. A própria Constituição Brasileira é uma carta (a Carta Magna). Por possuir várias naturezas, vertentes e finalidades, a carta pode se  configurar como um hipergênero, uma vez que o rótulo “carta” adjetivado nomeia diferentes gêneros que ganharam autonomia (carta pessoal, carta administrativa, carta comercial etc.). Ligados por elementos comuns (MAINGUENEAU, 2006), que unem diferentes características e englobam uma variedade de gêneros afins (RAMOS, 2009), os gêneros apresentam alguma afinidade em virtude da raiz comum e alguma especificidade em virtude das particularidades de cada universo discursivo (SCHLIEBEN-LANGE, 1983) em que circula.

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DOI: 10.5151/9788580392852-12

Como citar:

SILVA, Aldeir Gomes da; GOMES, Valéria Severina; "Os subgêneros da carta pessoal em correspondências pernambucanas da primeira metade do século XX", p. 207 -230. In: Gelne 40 anos. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392852, DOI 10.5151/9788580392852-12