A imagem: unificação psicossocial por meio da experiência estética

ANDRIOLO, Arley;

Resumo:

Nas apresentações do Primeiro Simpósio Interno do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social (IP/USP, 2015), além de reconhecer o hífen como questão, notou-se uma clara tendência à sua supressão. Supressão esta que não se apresenta diretamente como dissolução do psíquico no social, ou vice-versa, mas como uma intersecção dinâmica, uma mescla.As atividades do Laboratório de Estudos em Psicologia da Arte (IP/USP) acompanham essa tendência devido aos fundamentos epistemológicos das pesquisas que investigam os problemas da arte, da estética e da imagem. A proposição fomentada por João Augusto Frayze-Pereira desde a fundação do laboratório implica uma perspectiva crítica às dicotomias do conhecimento, particularmente aquelas inscritas no pensamento fenomenológico: sujeito-objeto; indivíduo-sociedade; psíquico-social.

0:

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/9788580392357-11

Referências bibliográficas
  • ANDRIOLO, A. A política das imagens do inconsciente: psicologia social e iconologia crítica. Revista Eletrônica Memorandum: memória e história em psicologia, Minas Gerais, v. 26, p. 90-109, 2014.
    ANDRIOLO, A. A pintura é um traço de nossa relação histórica com o mundo. Revista Poiésis, Santa Catarina, v. 17, p. 77-90, 2011.
    ANDRIOLO, A. A recepção da exposição de arte incomum e a questão da duração dos julgamentos artísticos. Revista Visualidades, Goiás, v. 8, n. 2, p. 95-112, 2010.
    BAITELLO JR., N. A era da iconofagia: ensaios de comunicação e cultura. São Paulo: Hacker, 2005.
    BELTING, H. Image, medium, body: a new approach to iconology. Ghreb, [S. l.], v. 8, p. 5-31, 2006.
    BERLEANT, A. Sensibility and sense: the aesthetic transformation of the human world. Exeter (UK); Charlottesville (US): Imprint Academic, 2010.
    ______. The aesthetic field: a phenomenology of aesthetic experience. Christchurch, New Zealand: Cybereditions Corporation, 2000. Edição original: 1970.
    ______. The aesthetics of environment. Philadelphia: Temple University Press, 1992.
    BOSCO, A. Entre a essência e a construção. Dissertação de Mestrado. Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2009.
    BOURDIEU, P.; DARBEL, A. L’amour de l’art, les musées d’art européens et leur public. Paris: Ed. Minuit, 1966.
    BOURDIEU, P. Economia das trocas simbólicas. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 1992.
    ______. Éléments d’une théorie sociologique de la perception artistique. Revue Internationale des Sciences Sociales, [S. l.] v. 20, n. 4, p. 640-664, 1968.
    CASSIRER, E. An essay on man: an introduction to a philosophy of human culture. New Haven: Yale University Press, 1944.
    ______. The evolution of psychical distance as an aesthetic concept. Culture & Psychology, [S. l.], v. 8, p. 155-187, 2002.
    DIAS, D. et al. (Org.). Psicologia e fotografia. Porto Alegre: Quixote, 2009.
    DUFRENNE, M. Phénoménologie de l’expérience esthétique. Paris: PUF, 1953. (v. 1).
    FORRESTER, M. Psychology of the image. London: Routledge, 2000.
    FRANCASTEL, P. Pintura e sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1990. Edição original: 1951.
    FRAYZE-PEREIRA, J. A alteridade da arte: estética e psicologia. Psicologia USP, São Paulo, v. 5, n. 1-2, p. 35-60, 1994.
    ______. Olho d’Água: arte e loucura em exposição. São Paulo: Escuta, 1995.
    ______. A dimensão estética da experiência do outro. Pro-posições, Campinas, v. 15, n. 1, p. 19-26, 2004.
    ______. Arte, dor: inquietudes entre estética e psicanálise. São Paulo: Ateliê Editorial, 2006.
    GEIGER, M. Problemática da estética e a estética fenomenológica. Tradução N. Araújo. Salvador: Livraria Progresso, 1958.
    PROPP, V. Morphologie du conte. Paris: Editions du Seuil, 1970.
    PRZYBORSKI, A. & SLUNECKO, T. Learning to think iconically in the human and social sciences: iconic standards of understanding as a pivotal challenge for method development. Integrative Psychological & Behavioral Science, [S. l.], v. 46, n. 1, p. 39-56, 2012.
    SATO, L. Olhar, ser olhado, olhar-se: notas sobre o uso da fotografia na pesquisa em psicologia social do trabalho. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 217-225, 2009.
    SCHUTZ, A.; LUCKMANN, T. The structures of the life-world. London: Heinemann Ed. Books, 1974.
    STEFANOU, J. Études des paysages dans la carte postale: une iconologie experimental de l’image. Thèse de Doctorat d’Etat. Strasbourg: 1981.
    TITTONI, J. O fotografar, a poética e os detalhes. In: TITTONI, J.; ZANELLA, A. (Org.). Imagens no pesquisar: experimentações. Porto Alegre: Dom Quixote, 2011. p. 125-146.
    VERSTEGEN, I. Cognitive iconology: when and how psychology explains images. Amsterdam: Rodopi, 2014.
    WIESER, M.; SLUNECKO, T. Images of the invisible: an account of iconic media in the history of psychology. Theory and Psychology, [S. l], v. 23, p. 435-457, 2013.
    ZANELLA, A. Sobre olhos, olhares e seu processo de (re)produção. In: LENZI, L. et al (Org.). Imagem: intervenção e pesquisa. Florianópolis: Ed. UFSC/NUP/ CED, 2006. p. 139-150.
    ______.; TITTONI, J. (Org.). Imagens no Pesquisar: experimentações. Porto Alegre: Dom Quixote, 2011.
Como citar:

ANDRIOLO, Arley; "A imagem: unificação psicossocial por meio da experiência estética", p. 151 -166. In: A psicologia social e a questão do hífen. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392357, DOI 10.5151/9788580392357-11