Educação em conjunto para todxs: percurso de um possível

Angelucci, Carla Biancha;

Resumo:

A presença da discussão sobre os direitos sociais das pessoas com diferenças funcionais na formação de psicólogxs é o tema deste capítulo1. A escolha pela expressão “diferenças funcionais” não obedece a modismos nem à nova legislação. Tampouco serve ao exercício de maquiagem do fenômeno. Trata-se, isso sim, de adesão à maneira como o movimento social organizado de pessoas que vivem essa condição tem criado inflexões a fim de expressar melhor a maneira como se percebe e quer ser percebido socialmente. O termo “diferenças funcionais” surge na primeira década dos anos 2000, a partir do Fórum de Vida Independente da Espanha (Palacios & Romañach, 2008), partindo da crítica não só ao conceito de deficiência, mas à própria palavra, que inevitavelmente remete à percepção de alguém como mais ou menos eficiente. Assim, buscando uma terminologia mais coerente com o aporte socioantropológico que fundamenta o modelo social da deficiência, vigente em documentos internacionais e nacionais, surge a proposta de que consideremos corporeidades e subjetividades diversas, com distintas possibilidades de funcionalidades. 

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DOI: 10.5151/9788580392906-05

Referências bibliográficas
  • Adorno, T. W., & Horkheimer, M. (1978). Preconceito. In. Temas básicos de sociologia. São Paulo: Cultrix. Amaral, L. A. (1994). Mercado de trabalho e deficiência. Revista Brasileira de Educação Especial. Vol. 02. Ano, 127-136. (1995). Conhecendo a deficiência: em companhia de Hércules. São Paulo: Robe Editorial. Angelucci, C. B. (2002). Uma inclusão nada especial: apropriações da política de inclusão de pessoas com necessidades especiais na rede pública de educação fundamental do Estado de São Paulo. Dissertação (mestrado). Instituto de Psicologia. Universidade de São Paulo. São Paulo, São Paulo, Brasil.
Como citar:

ANGELUCCI, Carla Biancha; "Educação em conjunto para todxs: percurso de um possível", p. 87 -100. In: Concepções e proposições em Psicologia e Educação. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580392906, DOI 10.5151/9788580392906-05