Introdução

BIDONE, Ricardo Figueira;

Resumo:

As soluções relativas ao tratamento de lixiviado de aterros sanitários são ainda incipientes em países em desenvolvimento. As sistemáticas já conhecidas de tratamento de esgoto vêm sendo testadas para a finalidade de tratamento desses líquidos, porém, têm esbarrado nas dificuldades provenientes, principalmente, da baixa biodegradabilidade e das elevadas concentrações de nitrogênio amoniacal. Os valores dessas concentrações e seus patamares dependem, basicamente, do grau de decomposição dos resíduos sólidos e dos fatores hidrológicos intrínsecos aos locais onde se localizam os sítios de disposição. Pelas razões expostas, fica estabelecida uma grande variabilidade das características do lixiviado, de aterro para aterro, determinando que não se disponha, no Brasil, de uma tecnologia padronizada de tratamento aplicável a todos os casos.Experiências com lodos ativados, filtros biológicos percoladores, lagoas de estabilização, processos físico-químicos, combinação desses, ou ainda, diluição do lixiviado em estações de tratamento de esgoto sanitário, não têm viabilizado, na maioria dos casos, a combinação de sucesso ambiental e baixo custo. As eficiências apresentadas por esses processos na remoção de DBO5,20, DQO, COT e nitrogênio amoniacal não atendem, de maneira geral, aos valores estabelecidos pela legislação ambiental brasileira – Resolução Nº 357 do CONAMA, de março de 2005, que dispõe sobre o lançamento de efluentes líquidos em corpos receptores. Ainda, alguns dos referidos processos apresentam grande complexidade operacional, implicando em sistemas cuja instalação e manutenção demandam elevados gastos, não sendo apropriados à realidade brasileira.

0:

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/9788580391480-01

Como citar:

BIDONE, Ricardo Figueira; "Introdução", p. 25 -26. In: Tratamento de lixiviado de aterro sanitário por um sistema composto por filtros anaeróbios seguidos de banhados construídos. São Paulo: Blucher, 2017.
ISBN: 9788580391480, DOI 10.5151/9788580391480-01